Acho que não nasci para o desapego. Das coisas, pessoas, lugares, olhares, carinhos. Quero tudo mais. Assim de mansinho, no cantinho, bem inho. Quero mais. Mais um pouquinho. Coração meu é grande demais, espaçoso demais, pra ser assim, vazio, sem mais. Ontem eu não percebi. Anteontem nem me dei conta. Mas hoje, bem hoje, cresceu aqui essa vastidão de nada. Cresceu a necessidade de sempre, de junto, de mais. Sei que passa. Sei, sim. Mas é que agora chegou e ficou.

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