Já não sei não esperar. Debruço em janela. E espero. Espero porque sei que vem. Sempre vem. Balançando meus jasmins. Assobiando vento. Rimando tempo. Pingando dentro. Dessas suavidades que a gente planta sem nem saber que plantou. E colhe nuvem. E colhe o azul. E colhe colo. Colho. Me deito, assim. Me enrosco toda. Garanto um emaranhado, um cercado. Protejo. Faço ninho. E pio. Se vem beija-flor. Se vem bem-te-vi. Se vem andorinha. Vem. Eu sei que vem.
Desejos achados e perdidos.
Há 12 anos
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