Enquanto eu penso no que será, encho meu peito de encanto
pelo que já é. O hoje já que é o amanhã do ontem, se enche de sabor cada vez
que eu conjugo o verbo acreditar. E daí, tudo que é plano, objetivo, meta,
ganha também um tom de azul, um gosto gostoso de esperança do que nem sabemos dessa
vida. E eu coloco mais luzes no meu quarto, eu caminho mais firme, eu respiro
mais leve. Eu encho o peito de não-certezas e isso é bom. Isso deixa a aflição
pelas incertezas dormirem macio no berço das possibilidades mais doces que me
proponho. Mas atenção: isso não é receita. Não é bula. Não é dica de
auto-ajuda. Isso é só uma maneira que uma menina encontrou de caminhar. De deixar
suave o que teima em pesar. De por brilho no escancarado sorriso do viver.
Desejos achados e perdidos.
Há 12 anos
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