métrica de alma

Tô cansada de ter que ser forte. De ter que respirar e esperar a chuva passar. De desafogar. De suportar. Quer saber? Eu não sou forte coisíssima nenhuma. Sou carne viva. Vermelha. Exposta. Sou o que sou e não to aqui pra pedir permissão. Minha licença vem de dentro. O que pulsa é o que me julga. Desculpa. Desculpa se não sei ser menos. Não quero ser menos. Não cabe a mim ser diminuta, resumida, rasa. O que cabe em mim, pode não caber em qualquer peito, mas eu bem sei que tamanhos mil há por aí. E o jeito é enfrentar as filas, os provadores e as provações de alma. Uma hora, numa arara, a gente acaba encontrando alma. Pode até tá em liquidação, ser da penúltima coleção. Mas alma boa é alma que no nosso peito encaixa.

3 comentários:

Anônimo disse...

Menina,
Amo seu jeito de escrever.. seu blog está entre os meus favoritos!!

bjos

Ludi disse...

óhh, Camila :)
muito bom ler isso mesmo quando as palavras não saem tão fáceis.
minha varanda é sempre aberta!
beijos!

Patty disse...

Ui!