Texto para não ser comentado

Desesperança, aflição, inquietude, olho no relógio, olho no calendário, olho na caixa de mensagem. Olha de novo. Checa o facebook, o twitter, os demônios digitais. Atualiza, vai que algo aconteceu?

Nada? Nada.

Ai, que vontade de passar uma borracha nessas estranhezas que só me trazem pressão na respiração. Ok, você vai me dizer que é impossível. Logo eu que tenho os dedinhos nervosos. Que não consigo me conter com tantas possibilidades de dizer um oi, de fazer uma piada, de ser respondida.

É essa coisa de ser respondida...

É isso. Isso é droga das mais pesadas. Não escrevo, não chamo, não invento arte pelo prazer de ser. Não, não sou tão altruísta, independente, auto-suficiente assim. E, pois é, também não me satisfaço só com a resposta. Quero mais. Quero o que vem na surpresa do espontâneo. Que se faça presente quando eu espero, que aconteça quando eu menos espero. Minhas vontades são urgentes e eu nunca disse que era fácil. Mas sou. A receita ta aqui. Pra quem souber ler, pra quem for atento, pra quem interessar. Mas, ó, última coisa: não precisa comentar nada nesse texto. Por que, hoje eu não estou esperando nada. Nadica de nada. Só vou dar um F5 aqui por desencargo de consciência... só por isso.

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