conto tempo


E a menina que sempre praguejou aos quatro ventos:

- TUDO É UMA QUESTÃO DE TEMPO!

Ela mesma. Ela não acreditou no tempo. Ela foi implacável com ele. Julgou, condenou, puniu, amargurou, enrrugou. Logo ela, tão sábia, tão comovida pelo poder das horas-dias-luas. Ela não percebeu. Ela negou. Pegou cada pequeno grão de vida, virou a ampulheta, não deixou nada passar. Adormeceu em angústia. Permaneceu insônia, confusa. Transpareceu semblante. Acordou. Viu ele lá, o tempo, em seu lugar, cumprindo seu passar. Tudo estava onde deveria estar, só faltava ela ocupar-se da sua própria existência. Retornou assim, flores na mão, peito-botão, olhos de mar e sentimento de, enfim, saber acalmar e confiar em cada novo raiar.

3 comentários:

Luise Barros disse...

agora sim! agora nasceu o girassol!!!

Ludi disse...

:)

Guga disse...

Curti ;)