suavealma



Debruçada em mim, pétalas de macio-ser. Dessas que se abrem em sol, que se contorcem toda só pra enluarar. É desse jeito que sei que sou. Aguando afeto sempre. Sempre e sempre. Tudo que cabe em forminhas coloridas, cabe também em sorrisos meus. Se tem doçura, se tem olhos de sinceridade, se sabe e age com alma de transparência: há aqui onde navegar. Minhas bússolas, ajustei para caminhos de bem sentir. Não há tempo pra miudezas de superfície. Não abraço poeiras nem acolho simples correntezas. Melhor deixar tempo-vento carregar. Por que as âncoras que hoje cabem em mim não escrevem um simples fim, mas me asseguram com firmeza que é assim que tem que ser. Que é assim que sei viver.

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