É preciso muito cuidado com quem bebe da mesma água que você. É preciso muita, muita cautela para perceber que o perigo mora exatamente nas mãos de quem faz exatamente o mesmo que você. Cuidado, olhos de prontidão, punhos cerrados, peito armado. Fala baixo. Fala pouco. Recita o mute. Cuidado. Gente que nem você é coisa que nem sei. Igual assim, vixe, não sei. É muito transbordar pra lidar. Muito. É perigo a cada curva-vírgula. É a contramão da razão. É a expressão da soma elevada à mais poética potência. Dá não. Não dá. Não, não. Parei. E agora escrevo. Escrevo pra por freio. Escrevo para desacelerar. Por que impulso de sentir, eu nuncaviconseguirfrear.
Desejos achados e perdidos.
Há 12 anos
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