Corro desvairadamente para dar
conta do que é essencial. Não dou. Pego pra mim os inadiáveis, os
irremediáveis, o que não é meu. Pego. Corro pra resolver a vida dos outros como
se fosse a minha. Corro. Canso de correr, correr, correr e não alcançar. Não alcanço
a minha própria vida. Tenho muitas outras pra cuidar. Vivo assim. Meus ponteiros
apontam outros tempos. Tempos outros que conjugam este meu presente histérico e
ofegante de ser.
Desejos achados e perdidos.
Há 12 anos
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